quinta-feira, 27 de agosto de 2009

* DICA: Técnica de Aramagem

Aramando um Bonsai

A aramação de um bonsai ocorre quando você deseja definir melhor sua forma. Às vezes você quer abaixar algum galho, ou levantá-lo, direcioná-lo para outro lado… O arame é quem vai te ajudar a fazer isso, o ideal é que se use arames de cobre ou alumínio (por serem mais maleáveis), mas podemos utilizar outras técnicas também, como veremos abaixo…
Importante: Lembrem-se que quando decidirmos recorrer à técnica de aramar um Bonsai, não podemos esqueçer:
  • O arame deve ser constantemente vigiado, para evitar cortes no tronco ou nos ramos.
  • As árvores coníferas (pinheiros, juníperos, ciprestes...) devem ser aramadas no Inverno, mantendo o arame durante aproximadamente um ano.
  • As árvores decíduas (macieiras, laranjeiras, limoeiros...) devem ser aramadas no Verão, mantendo o arame por três meses, ou seja, até ao Outono.
  • Uma vez retirado o arame, certifique-se que a árvore não volte à posição inicial. Se assim acontecer, pode voltar a usar a mesma técnica no ano seguinte.
Dica: Se existirem marcas do arame na árvore, pode pintá-las com vedante para cortes ou pasta selante.

Primeiro passo: Analise sua árvore, veja as opções de galhos, às vezes não é possível aramar todos os galhos que você quer, alguns podem já ser velhos e duros, e tentar aramá-los pode resultar na quebra dos mesmos (um detalhe, é possível que você quebre um ou outro galho, não fique com medo, é normal nas primeiras vezes), outros podem ser muito jovens e mais fáceis ainda de quebrar. O ideal é que você crie espaço entre os galhos, o suficiente para que as folhas possam respirar melhor, mas não tanto a ponto de ficar com grandes “buracos” no tronco.A aramação deve ser feita em espiral, como nos exemplos abaixo:

Mas lembrem-se de só dobrar para dar forma após a completa aramação!

Escolhendo o calibre do arame

Conforme a necessidade você pode iniciar com um arame de calibre mais grosso e depois mudar o calibre conforme mostra este diagrama. Procure iniciar o arame mais fino sempre pela parte posterior; questão de estética apenas.

Aramando galhos

O diagrama sugere iniciar a aramagem do tronco para os galhos mais finos. Baseado no desenho a cores da primeira imagem, procure identificar o encaminhamento dos arames neste caso.

Iniciando a Modelagem

1. Enfie o arame no solo na parte de trás do tronco.

2. Torça o arame em volta no tronco paralelo ao solo.

3. A partir dai procure trabalhar com um ângulo de 45 graus conforme a figura.

4. Quando mais de um arame for necessário devido a grossura do tronco trabalhe os dois juntos.Neste último exemplo, estamos usando o mesmo pedaço de arame para prender dois galhos, um servindo de âncora para o outro, o que nos leva a outro detalhe: Apenas enrolar o arame em espiral, não vai adiantar nada, é preciso prender o início do arame em algum lugar (e não deixar o final pendurado também), pode-se usar o tronco como “âncora“, a base do “Y” que as ramificações do galho fazem, ou até mesmo o próprio vaso, como no exemplo abaixo.

Outro detalhe… Segundo as normas estéticas do cultivo de bonsai, o correto é não cruzar arames. Se você for passar outro arame, por um lugar que já exista um, o segundo precisa seguir o movimento do primeiro. Pode acontecer disso não ser possível, algumas vezes, então ou você procura outro lugar para usar como âncora, ou então quebra as normais estéticas. Veja bem, essas normas são para bonsai em exibição, não é algo que precise ser seguido, cruzar arames não vai matar o bonsai, só não vai deixá-lo tão bonito quanto os que foram aramados seguindo as normas.A aramação de um bonsai é um assunto bem extenso, vou dividir o post em duas partes então, para não ficar tão cansativo de se ler.Outro detalhe importante é:
Não esmague as folhas e não estrangule o ramo.O primeiro desenho é a forma correta de se fazer, repare como as folhas estão esmagadas no segundo desenho, isso só prejudicará a planta. O arame é só para “educar” o ramo (ou galho, como quiser chamar) e não para torturar o bonsai. É preciso fazer a aramação com cuidado, como eu já disse anteriormente, sem quebrar os ramos ou machucar a planta, mas ao mesmo tempo você precisa ter a mão firme, e não deixar o arame folgado. Basicamente é isso, espiral, com uma boa angulação, sem esmagar as folhas e sem fazer malabarismos com o ramo.O tempo de permanência dos arames varia de planta para planta, mas o ideal é que não ultrapasse 6 meses, mesmo que você tenha que removê-los e colocá-los no mesmo lugar, porque em 6 meses, é normal que os ramos engrossem, assim como o tronco, e o arame pode acabar deixando marcas no ramo/tronco, e você não quer um bonsai com essas marcas, certo? Pode ser que seu bonsai já mantenha a posição que você definiu em seus ramos, com apenas 2 meses de aramação, o tempo varia mais ou menos nessa faixa, de 2 a 6 meses. Como saber? Bom, se você achar que 2 meses já está de bom tamanho, retire os arames, se perceber que não adiantou, coloque-os novamente.Ao remover os arames, use SEMPRE o alicate, não reutilize os arames, pois já foram deformados e você pode acabar machucando a planta ao tentar removê-los sem o alicate.Esqueci de falar, né? O diâmetro dos arames… Procure usar um arame que tenha metade do diâmetro do ramo que está sendo aramado. Caso você coloque um arame muito fino, perceberá que o ramo não ficará na posição que você quer. Pela própria flexibilidade do arame, você conseguirá ver quais ramos ele poderá “educar“.Vou colocar aqui mais um exemplo de aramação, que é feita utilizando um peso, para puxar o ramo para baixo, algumas vezes é melhor usar essa técnica, ao invés de se aramar o ramo inteiro
Muito cuidado ao usar essa técnica, para não colocar algo muito pesado e quebrar o galho.Outro detalhe importante, nunca deixe as pontas dos arames soltas, caso não consiga envergá-las com as mãos, corte as sobras com um alicate.Caso você deseje aramar um galho muito velho (e pouco flexível), utilize proteção (ráfia vegetal ou borracha), para não machucar o bonsai. A proteção deve ser colocada entre o galho e o arame.Basicamente aramar é isso, claro que existem formas mais agressivas de se “educar” um galho ou tronco (inclusive aparelhos que mais parecem instrumentos de tortura), mas acredito que essas dicas iniciais sejam o suficiente para quem está iniciando na arte de cultivar bonsai. Espero ter ajudado e sanado algumas dúvidas.

Informações do texto reunidas dos trabalhos dos autores Vinicius Costa, Livro de Harry Tomlinson no seu O GRANDE LIVRO DO BONSAI, opiniões de José Augusto Cruz e desenhos de Ailton Mariz Costa, de Recife-PE e Sergivaldo Costa, de João Pessoa-CE

domingo, 16 de agosto de 2009

Aroeira: Muda * Pré-Bonsai

Essa é uma Aroeira Pimenteira, Schimus terenbetifolius
(segundo pesquisa visual pela internet-não é certeza)
Ganhei a muda com pouco mais de 1 ano e uns 80 cm. Depois de um mês para adaptação no novo local de morada
fiz uma primeira poda, 45 cm
PS: não usei e não indico essa tesoura da foto para podas, com essa ai cortei umas poucas folhas depois da foto. depois de 8 mêses e mais algumas podas, com 36 cm
e ja posta em um vaso de Bonsai
vaso Plastico modelo grande
decidi fazer a aramação depois de 1 ano e meio e algumas novas podas
pesquisei em dezenas de sites e peneirando as informações segui
o método.
arame de fio externo de telefone ( o que conecta a casa ao poste da rua)
dividido, pois ele é duplo.
Arame preso ao solo junto à Raiz
(e aproveitando a curva natural da planta)
enrrolada com aproximadamente 45º de inclinação.
A sequência do arame enrrolado no tronco
Notem que há um broto no tronco próximo ao primeiro galho
estou com a intenção de cortar o galho e o tonco na parte superior
para forçar um novo ápice.
Que acham da idéia?
Visão completa da planta
o galho que forma a parte superior era lateral e foi deslocado com o arame
o broto citado acima fica na base do primeiro galho
na parte de baixo
no caso ficaria só a raiz para uma nova árvore
só por isso estou a pensar.
Preciso de opiniões!!
Vista mais próxima de forma lateral Destaque geral da Aroeira Pimenteira, Schimus terenbetifolius
Espero que gostem

Café & Seringueira: Muda

Muitas são as arvores utilizadas no cultivo do Bonsai
e sempre surge aquela pergunta:
- Todas árvores podem ser Bonsai??
Mais uma proposta:

mudas inciciais de CaféEstão Brotando de uma tentativa com sementes de café.
A outra é uma Seringueira:
Creio que estão bem fracas e iniciais
mas a questão é
Todas as árvores podem ser Bonsai?

sábado, 15 de agosto de 2009

ESTUDO: * Fisiologia do Bonsai

Para cuidarmos do Bonsai, é necessária técnica e experiência, que somente são adquiridos ao longo de estudos e tentativas práticas.
Conhecer como vive uma árvore é importante para poder aplicar a técnica Bonsai. A necessidade da árvore na natureza é diferente da transformada em Bonsai. Conhecendo essas diferenças saberemos como tratar ambas.
Visando uma evolução nesse aprendizado localizei uma matéria de Lucas Cardoso Pittela que nos ajudará na compreensão do funcionamento biológico da arvore e claro no entendimento de suas necessidades.
Fisiologia do Bonsai

O Bonsai é uma árvore plantada em uma bandeja, cujo desenvolvimento não é interrompido, mas sim controlado e guiado de forma a se obter uma árvore saudável e estilizada. A estrutura física do Bonsai é igual a da árvore na natureza, mas o mecanismo do Bonsai é diferente, e por isso são necessárias técnicas adequadas para se obter às proporções e os objetivos desejados.

Raízes

As raízes das plantas, na natureza, crescem e se desenvolvem de acordo com as necessidades da planta e as condições do terreno, mas no caso do Bonsai, a árvore está confinada em uma bandeja rasa, com dimensões limitadas. A raiz, nessas condições tem seu crescimento restrito e conseqüentemente, o resto da planta tem seu desenvolvimento alterado.
Na natureza, grande parte das raízes serve para fixar a árvore no solo, enquanto nos Bonsai, as raízes de fixação podem ser reduzidas drasticamente. Esta poda de raiz é muito importante, pois promove a renovação da estrutura radicular da planta. Reduzindo-se a massa de raízes mais velhas no vaso, proporciona-se mais espaço para que as raízes novas e vigorosas se desenvolvam. Estas raízes novas e finas têm mais capacidade de absorver a água e os sais minerais, e, conseqüentemente, tornam a planta mais saudável. Na natureza, as árvores velhas apresentam muitas raízes superficiais, por causa da erosão, e no Bonsai este efeito deve ser buscado, expondo-se as raízes mais grossas.

Troncos e galhos

Os troncos e galhos das árvores na natureza têm seu crescimento e desenvolvimento determinado pela necessidade de se tirar o máximo de proveito da luz do sol e para superar outras árvores na competição por este espaço. Seu formato, direção e textura também sofrem influência das forças da natureza, como o vento, a chuva, os raios ou outros danos físicos, causados, por exemplo, por animais. Uma árvore plantada em uma bandeja parecerá apenas um arbusto se não for trabalhada através de diversas técnicas, como a poda e a aramação, para que se consiga o efeito da ação da natureza sobre a árvore.

Folhas

As folhas realizam as mesmas atividades tanto nas árvores plantadas no solo, como nos Bonsai, mas nestes, elas têm que estar localizadas, posicionadas, em quantidade e tamanho necessários para atender tanto a função fisiológica como a estética.
O tamanho, a quantidade, a localização e posição das folhas dependem, entre outros fatores, da água, dos nutrientes e da luz, que devem estar a disposição da planta de forma balanceada. Não há uma regra geral, uma vez que as necessidades variam de acordo com o clima, entre as diferentes espécies e estágio de desenvolvimento da planta. Porém, para se obter folhas menores, pode-se alterar a quantidade e freqüência da rega, da adubação e a exposição à luz. Para se obter os resultados pretendidos, também se usam a poda de folhas, ramos e galhos. A desfolha é uma técnica usada para se conseguir folhas menores e para controlar a grossura dos galhos.
As folhas refletem o estado de saúde da árvore. Quando estão inteiras, viçosas, se desenvolvendo bem, é sinal de que a planta, normalmente, está em boas condições, mas, no caso de apresentarem defeitos, manchas ou outros sinais, indica que algum problema pode estar acontecendo. Nas árvores de folhas caducas estes sintomas se apresentam rapidamente, enquanto na coníferas, demoram um pouco mais.

Flores, frutos e sementes

Assim como nas árvores plantadas no solo, podemos utilizar esta forma de reprodução para conseguir novas plantas, principalmente no caso de plantas difíceis de encontrar ou reproduzir de outra forma. Mas no Bonsai a principal função é estética. Deve-se controlar, através da poda, a quantidade e a localização, lembrando que uma quantidade muito grande pode sobrecarregar a planta.

Fisiologia da Árvore
A árvore é um ser vivo que pode ser comparado a um complexo industrial. Absorve do solo e do ar os elementos necessários, e com a energia do sol, através da fotossíntese, converte esses elementos em novas substâncias que são utilizadas pela planta para o seu crescimento, reprodução, reserva e manutenção. Este complexo pode ser dividido em várias partes interligadas, mas com funções específicas: raízes, tronco, galhos, folhas, flores, frutos e sementes.

Raízes

A raiz é o órgão dos vegetais superiores que os fixa no solo, absorvendo e transportando a água e os sais minerais do solo para as outras partes da planta. A raiz também estoca alimento processado (açúcar e amido) e produz hormônio. Na maioria das árvores jovens, a raiz pivotante (axial) é, geralmente predominante, principalmente em árvores produzidas a partir da semente. No caso de árvores produzidas por outros métodos, como a estaquia e a alporquia, a formação de raízes laterais é predominante. À medida que a árvore cresce, o sistema radicular se desenvolve em todas os sentidos. As raízes mais grossas são responsáveis pela fixação da árvore, pelo transporte de substâncias e pela estocagem de alimento, e as raízes mais finas, são responsáveis pela absorção e transporte da água e dos nutrientes presentes no solo. Numa raiz, da extremidade à base, encontramos sucessivamente as seguintes camadas:
  • extremidade exploradora, que contorna pedregulhos, procura umidade, evita contato com tóxicos, etc., é revestida por uma coifa que a protege do desgaste;
  • zona de crescimento, onde as células se multiplicam e se alongam;
  • zona dos pêlos absorventes, com numerosos pêlos, unicelulares, responsáveis pela absorção da água e dos sais minerais;
  • zona condutora, que contém os vasos nos quais circulam a seiva bruta (em direção às folhas) e a seiva elaborada, que alimenta a raiz ou é estocada.

As raízes geralmente vivem em simbiose com fungos (mycorrhizae). Estes fungos vivem ao redor das raízes, às vezes penetram nelas, auxiliando e aumentando a absorção na superfície das raízes. Eles podem tornar certos minerais acessíveis às raízes. Em compensação, o fungo obtém energia dos alimentos estocados na raiz. Esta associação da planta com o fungo específico é muito importante para o desenvolvimento e para a saúde da planta.

Troncos e Galhos

O tronco é o caule, parte entre as raízes e os galhos. Os galhos brotam do tronco, se ramificam e geralmente neles brotam as folhas e flores (que também brotam no tronco). O tronco e os galhos exercem diversas funções, sustentam e posicionam a copa e transportam a água e os sais minerais extraídos pelas raízes (seiva bruta) até as folhas, e redistribuem as substâncias transformadas pelas folhas (seiva elaborada) para todas as partes da árvore e estocam reservas. O tronco e os galhos podem ser divididos nas seguintes seções:
  • a casca, que é a camada externa da árvore e consiste num tecido de cortiça que conserva a umidade e protege as camadas internas da madeira contra insetos, vento, frio, calor e contra ferimentos;
  • líber (Floema), conduz a seiva elaborada das folhas para outras partes da árvore, indo até a raiz;
  • o cambio, composto por uma fina camada entre o lenho e o líber, produz células destas duas camadas e é responsável pelo crescimento no diâmetro do tronco e dos galhos. Quando a árvore é ferida ou quando um galho quebra, as células do cambio gradualmente formam um calo, cicatrizando e eventualmente fechando a ferida, produz novas brotações de galhos e raízes;
  • lenho (xilema), madeira fisiologicamente ativa que transporta a seiva bruta das raízes para as folhas, e também armazena substâncias elaboradas pelas folhas. Esta camada está localizada entre o cambio e o cerne;
  • cerne, madeira fisiologicamente inativa e dura, localizada na parte central do tronco e dos galhos, cuja finalidade é a de sustentar a árvore.

Folhas

A folha é o órgão vegetal responsável pela fotossíntese, pela respiração e pela síntese de diversas substâncias como enzimas e hormônios. Além disso, as folhas transpiram água, protegendo-as do calor excessivo e permitindo o movimento de ascensão da seiva bruta. Os tecidos das folhas são altamente especializados, sendo compostos por células contendo vários pigmentos. A clorofila, que é um de seus pigmentos, só é formada na presença de luz. Ela está contida nos cloroplastos e tem a capacidade de capturar a energia da luz e usá-la através de complexas reações fotoquímicas, convertendo o dióxido de carbono (CO2) obtido da atmosfera e os nutrientes, absorvidos no solo pelas raízes ou na atmosfera, pelas próprias folhas, em compostos orgânicos como açúcar e amido.
As folhas se apresentam em diversos formatos, tamanhos, cores e texturas. A disposição das folhas nos caules e ramos pode ser chamada alternada, se cada nó tem apenas uma folha; oposta, se cada nó tem duas folhas inseridas face a face; verticulada, se cada nó tem mais de duas folhas. Elas também podem estar agrupadas todas na base (folhas em roseta) ou surgir em tufos, nos nós espaçados de um rizoma.
As folhas podem se apresentar quase verticais e com duas faces iguais, como nas monocotiledôneas, ou estenderem-se horizontalmente, como nas outras plantas vasculares. Neste caso, a face superior, mais clara, em geral, é recoberta por uma cutícula protetora, desprovida de aberturas e caracterizada pelo aspecto em paliçada de suas fileiras clorofilianas (tecido paliçádico) e pela cor de um verse intenso. A face inferior, que fica na sombra, tem numerosos orifícios (estômatos), sede das trocas gasosas, e fileiras celulares, lacunosas e menos ricas em clorofila, dão-lhe coloração mais pálida. As folhas podem ser caducas, geralmente descolorindo e caindo no período mais frio do ano (outono ou inverno), ou podem ser sempre verdes, e intactas por todo ano. As folhas sempre verdes também caem, mas duram por um período maior, que pode chegar a alguns anos. Após caírem, as folhas são decompostas por bactérias e fungos, enriquecendo o solo com elementos necessários à planta, num ciclo autônomo e contínuo.

Flores, frutos e sementes

A flor é o órgão das plantas que contém os aparelhos reprodutores. As flores podem variar em sua forma, cor, odor, tamanho e pode ser completa ou não. Uma flor completa é formada por quatro vertículos ou uma série de peças semelhantes: cálice, corola, gineceu e androceu.
O cálice é formado por peças chamadas sépalas, que geralmente são verdes. A corola é formada pelas pétalas, que em geral são coloridas. O conjunto formado pelo cálice (sépalas) e pela corola (pétalas) recebe o nome de perianto ou invólucro floral, e desempenha papel protetor. O androceu é formado pelos estames, cada qual composto por um filete que sustenta a antera, órgão reprodutor masculino, de onde provem o pólen. O gineceu ou pistilo é constituído pelos carpelos, terminado em estigmas, formando o órgão reprodutor feminino, cuja parte inferior (ovário) contém os óvulos. Se o gineceu ou o androceu tiverem alguma imperfeição, tem-se flores unissexuadas, masculinas ou femininas. A espécie é monóica se a planta apresentar flores de ambos os sexos, e dióica, no caso de apresentar apenas um.
Na origem de cada flor existe um botão floral, onde o cálice envolve e protege as demais peças. Quando a flor se abre, fica exposta a ação do vento, da chuva, das aves ou dos insetos, que transportam o pólen, realizando a fecundação do óvulo da própria flor ou de outra flor da mesma espécie. O ovário se desenvolve formando o fruto e os óvulos se transformam em sementes, as demais peças, em geral, morrem.
O fruto é o órgão vegetal resultante do desenvolvimento do ovário, depois da fecundação dos óvulos, que contém ou estão ligados às sementes. O fruto serve de órgão de proteção, reserva de água e sais minerais, durante o desenvolvimento das sementes e depois participa na sua disseminação.
A semente é o órgão que resulta da fecundação e desenvolvimento do óvulo e que está apta, depois da germinação, a reproduzir um novo indivíduo. A semente é portada por uma escama fértil, no caso das gimnospermas, ou encerrada num fruto, no caso das angiospermas. A semente compreende uma membrana, ou tegumento, e uma amêndoa. Certas sementes, após serem disseminadas, podem estar aptas a germinar, mas outras, no entanto, passam por um período de dormência antes de germinar.
Matéria de Lucas Cardoso Pittella

terça-feira, 11 de agosto de 2009

* DICA: Dicionário Completo com os termos do Bonsai

Pesquisei em vários sites e livros, e reunindo as informações espero solucionar o nosso problema com o entendimento de termos do Bonsai
Dicionário do Bonsai
A
Akadama: Argila vulcânica granulada utilizada como substrato para bonsai. Aka significa “vermelha” e Dama, bola.
Ara-kawacho: Árvore com a casca áspera e enrugada.
Ara-ki: Árvore recentemente coletada e utilizada como material para bonsai.
B
Bankan: Tronco com muitas curvas.
Bonkei: Paisagem natural em uma bandeja, contendo rochas, plantas, figuras de animais, casas, etc.
Bunjingi: Estilo Literato. tronco com crescimento ereto informal, sem galhos, exceto no topo ou ápice.
C
Chiu-Bonsai: Bonsai com altura entre 16 e 36 polegadas
Chokkan: Formal, ereto, tronco vertical, com copa piramidal e galhos distribuídos em todas as direções.
Chumono-Bonsai: Bonsai entre 16 e 36 polegadas
D
Dai-Bonsai: Bonsai com altura entre 30 e 48 polegadas
Daiki: Planta mãe. Planta-matriz, para a obtenção de sementes ou de estacas.
E
Eda-jin: Jin’s feitos artificialmente
Eda-nuki: Remoção de galhos indesejáveis.
Eda-uchi: Galhos distribuídos com harmonia.
Eda-zashi: Poda de galhos
F
Fukinagashi: Varrido ou fustigado pelo vento.
G
Gobo-ne: Poda de raízes.
Gobo-tsuchi: Solo granulado.
H
Ha-gari: Pinçagem de folhas.
Ha-zashi: Poda de folhas.
Hachi-uye-Bonsai: Bonsai com altura entre 40 e 60 polegadas
Hamizu: Pulverizar as folhas com água.
Han-Kengai: Estilo “Semi-Cascata”.
Hankan: Bonsai com um tronco muito serpenteado.
Hariganekake: Aramar uma árvore.
Hokidachi: Estilo Vassoura. Tronco reto e sem curvas, com todos os galhos partindo de um mesmo ponto.
Honbachi: Bandeja para Bonsai.
I
Ikada: Estilo em forma de balsa. Árvore plantada horizontalmente, formando um bosque a partir dos galhos que crescem verticalmente.
Ikebana: Tesoura de bonsai com aparência bojuda e design bastante peculiar para os olhos de um ocidental.
Ishitsuki: Agarrado à Rocha. Bonsai enraizado numa rocha.
J
Jin: Galho ou parte de um tronco que morreu e permaneceu seco na árvore. Como primeira acepção: Deus ou Divindade japonesa. Topo morto de uma árvore.
Ju-sei: Crescimento da árvore.
Ju-shin: O topo da árvore.
K
Kabudachi: Tronco Múltiplo, crescendo a partir de uma raiz.
Kabuwake: Separando das raízes.
Kanju: Árvores de folha caduca.
Kannuki-eda: Um galho mal formado ou feio que deve ser eliminado.
Kansui: Rega.
Karikomi: Poda de galhos e folhas.
Katade-mochi-Bonsai: Bonsai com altura entre 10 e 18 polegadas.
Kengai: Em forma de cascata.
Keshitsubo-Bonsai: Bonsai com altura entre 1 e 3 polegadas
Kesho-tuschi: Solo decorativo. Pedrisco ou areia ornamental, para cobrimento do solo.
Keto-tsuchi: Turfa. Matéria orgânica formada pela decomposição de folhas e musgos dos ambientes aquáticos.
Ko-eda: Árvore com extremidades muito graciosas.
Kokejun: Tronco afunilado.
Komochi: Bonsai com troncos gêmeos.
Komomo-Bonsai: Bonsais com altura entre 6 e 10 polegadas.
Kuro-tsuchi: Terra preta.
Kuruma-eda: Ramo mal formado que deve ser cortado ou eliminado.
Kusamono: “Planta de assento”. Ervas plantadas em pequenos potes, bastante usadas como “acompanhamento” para os Bonsai.
M
Mame-bonsai: Bonsai de baixa estatura (menos de 10 cm)
Me-tsumi: Pinçar as folhas com as unhas.
Meiboku: Bonsai muito velho ou antigo.
Mi-momo: Bonsai que produz frutos.
Misho: Mudas obtidas a partir de sementes.
Misho-momo: Bonsai cultivado a partir de sementes.
Mizu-gire: Demasiadamente seco.
Mizu-goke: Musgo.
Moyogi: Ereto informal.
N
Ne-zashi: Corte ou poda de raízes.
Neagari: Bonsai com raízes expostas.
Nebari: Raízes visíveis.
Nejikan: Bonsai com tronco retorcido.
Netsuranari: Raiz em forma balsa. Grupo de árvores que surge a partir de uma raiz horizontal.
O
Oki-goe: Fertilizante em grãos ou em pó.
Omono-Bonsai: Bonsai com altura entre 30 e 48 polegadas.
Oyaki: A planta mãe utilizada na técnica da alporquia.
P
Penjing: Arte chinesa que consiste em recriar uma paisagem numa bandeja.
R
Roboku: Bonsai velho e antigo.
S
Sabamiki: Bonsai com tronco partido.
Sabi: Aparência de antigo.
Saikei: Paisagem com rochas e árvores, mas sem nenhuma figura.
Sankan: Árvore com três troncos: pai, mãe e filho.
Sashi-ho: Estaca utilizada para propagação.
Sashi-ki: Propagação a partir de estacas.
Seishi: Bonsai em fase de educação.
Sekijoju: A árvore fica sobre uma pedra, com suas raízes descendo por esta e entrando no substrato da bandeja.
Sentei: Plantio de árvores.
Shakan: Inclinado.
Shari: Parte descascada de um bonsai.
Sharimiki: Bonsai com tronco descascado.
Shizen: Naturalidade.
Shohaku: Árvores coníferas.
Shohin-bonsai: Bonsai com, no máximo, 15 cm de altura.
Shoki: Bonsai de espécies recolhidas através do Yamadori.
Sokan: Troncos gêmeos: pai e filho.
Suiban: Espécie de bandeja utilizada no cultivo de penjing e saikei. Sui = “água” e Ban = “bacia”.
Suiseki: Paisagem feitas com rochas, colocadas num suiban.
T
Tachia-gari: Parte de um tronco.
Tangei: Material para bonsai.
Tanuki-Bonsai: Bonsai falso, que utiliza na sua formação partes mortas de outras árvores. Não confundir com o uso, por exemplo, de galhos mortos, para a composição de paisagens.
Tekishin: Remoção de gemas, rebentos.
Tocho-shi: Galho ou ramo com um crescimento muito grande.
Tokoname: Vaso Japonês.
Tokonoma: Tradição japonesa. Área de um lar, normalmente na sala de visitas, para a exposição dos bens mais valiosos, entre eles Bonsais
Toriki: A técnica de se obter um bonsai a partir de uma alporquia.
Toriki-momo: O bonsai obtido através da alporquia.
Tsugi-ki: A técnica de se obter um bonsai através de um enxerto.
Tsugi-mono: Bonsai obtido por enxertia.
Tsukami Yose: Mais de uma árvore agarrada a rocha.
U
Uro: Concavidade feita ou existente na planta. É um buraco na planta indicando que ali existia um galho que apodreceu e caiu.
W
Wabi: Auto-suficiente. Completo.
Wabi/Sabi: Termo relacionados ao Zen-budismo, de difícil tradução literal. O conceito wabi-sabi representa um visão de mundo japonesa que reconhece e admira a beleza das coisas imperfeitas, efêmeras e incompletas.
Y
Yamadori: Recolher plantas na natureza para fazer bonsai. Recolhimento na Natureza de Bonsai natural antigo.
Yamadori-shitate: Bonsai natural antigo obtido por recolhimento na Natureza
Yobi-tsugi: Enxerto de galho.
Yose-ue: Plantio em grupo de várias árvores em uma bandeja, com a aparência de uma floresta.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

* DICA: Regando um Bonsai

O uso da água na técnica do bonsai
A água é fundamental para a manutençao de um Bonsai em boas condições.
Na maioria das vezes que converso com alguém que perdeu um Bonsai, verifico que houve descuido na administração de água: esquecimento, viagem, "achei que estava molhado", etc...
De fato não existe nenhum complicador para molharmos o nosso Bonsai desde que verifiquemos alguns pormenores:
a) Clima em nossa região Se você mora em uma região onde o clima é muito quente, deve molhar a sua planta até 3 vezes nos dias muito quentes. Nas regiões mais frias uma é suficiente. Nos dias mais frios conforme a necessidade da planta. em dias muito frios não se rega.
b) Tamanho do vaso e material de que é feito cerâmica, concreto Alguns Bonsai são colocados em vasos pequenos. Isto propicia um enxugamento mais rápido, assim como o tipo do material usado na feitura do vaso. A cerâmica esmaltada conserva mais umidade que um vaso de concreto, este último é mais poroso.
c) Local aonde vamos deixá-la e o tempo de exposição ao sol Dependendo do local onde colocamos a nossa planta irá acontecer uma variação na exposição; portanto é importante observarmos qual o tempo de incidência de sol. É com este tipo de observação que vamos controlando a rega do Bonsai.
d) Época do Ano: fria, quente? É claro que, quando acontece uma mudança de tempo deverá acontecer uma mudança na quantidade de água. No período de Inverno nossa planta precisará de menos água.
e) Tipo de planta Alguns tipos de plantas como Crássulas, Ciprestes, Tuias e Pinheiros aceitam um solo menos úmido, é importante na hora da compra de um espécime solicitar informação geral sobre a planta e, principalmente, sobre a rega.
f) Horário Desde que seja um dia quente, rega-se pela manhã e também a tarde. Como foi dito acima, em dias excepcionalmente quentes devemos regar também no meio do dia. Uma boa hora para climas normais é na parte da tarde, sua planta vai aproveitar a umidade durante a noite. É claro que, em dias seguidos de muito frio não é aconselhável molhar a planta a tarde. O excesso de umidade pode apodrecer as raízes.
g) Como regar Uma maneira prática de medida é regar até a água escorrer pelo furo no fundo do vaso. Muitas vezes, por esquecimento, deixamos de molhar nossa planta por um dia. Quando isto ocorrer, a terra do vaso pode endurecer, e neste caso, devemos molhar a planta por imersão por alguns minutos isto é, colocar o vaso dentro de 1 recipiente com água. No ressecamento da terra acontece um travamento do substrato em redor das pequenas raízes e, quando molhamos da maneira normal a água não consegue atingir aquelas raízes essenciais na alimentação da planta, ocorrendo a perda total da planta. Observe que quando você molha um vaso seco, ou seja, onde não existe umidade, a água não penetra de imediato, ela escorre como se fosse um piso. A pouca água que permanece sobre a superfície do vaso vai dilatando e abrindo poros que absorverão a água; por isto devemos molhar cada vaso demoradamente e com regador de crivo fino. Importante: o vaso para Bonsai tem um furo de bom tamanho na parte de baixo que é para escoar o excesso de água que porventura tenhamos usado, fica então subentendido que não se deve usar um prato para apoio do vaso, isto criaria um acumulo de água dentro do prato e por conseguinte no vaso.
h) Um teste excelente Verifico a umidade dos meus vasos tocando a terra com as costas da mão. É uma boa maneira de sentir a umidade ou secura do composto. É NECESSÁRIA A UMIDADE NO VASO DE BONSAI. Se você pegar como exemplo quaquer planta na natureza, vai observar que, ao escavar até as suas raízes verificará que elas estão em solo úmido. Não é porque seja um Bonsai que devemos manter a umidade mas, porque as raízes devem estar em solo com alguma umidade. Como o seu Bonsai não tem como levar as suas raízes até um solo úmido, você deve proporcionar esta condição. ÚMIDO, NÃO É ENCHARCADO.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

* DICA: Pricipais Estilos de Bonsai

PRINCIPAIS ESTILOS


BUNJINGI ¬ DESARMONIA HARMONIOSA: Possui troncos quase retos, mas com galhos curtos, espaçados e apenas na parte mais alta da planta. Isso lhes empresta uma certa elegância discreta. (MINIMALISTA) O estilo Bunjingi é a presença de um minimalismo no cultivo do bonsai, provavelmente por influência do Zen. O bonsai bunjingi não tem aspecto de profundidade e possui uma razoável tortuosidade, passando na maioria das vezes uma idéia de simplicidade e leveza.
CHOKAN ¬ FORMAL: A planta se eleva com o tronco reto.
Este estilo baseia-se nas árvores gigantes que crescem isoladamente. Deve Ter um único trono reto e rígido, e uma distribuição de galhos perfeita, diminuindo a medida que o tronco se afasta do solo , formando um triângulo . Os galhos podem ser horizontais ou dirigidos para baixo, mas nos dois casos devem se harmonizar com a árvore.
HOKIDACHI ¬ REDONDA: A folhagem de cada galho básico é podada em curvas.
O bonsai hokidashi tem o tronco vertical, com os galhos muito ramificados formando uma copa única. De certo modo, parece uma vassoura invertida. MOYOGI ¬ INFORMAL:O tronco da árvore se eleva em curvas. Estilo Ereto Informal ou Vertical não Geométrico
O bonsai neste estilo tem um único tronco com certa sinuosidade ou inclinação. Esse estilo assume uma forma correspondente á maioria das arvores nas praças , parques, ruas e na própria natureza.O bonsai Moyogi pode ter galhos exageradamente tortuosos , ou com pouco tortuosidade. O mais importante é que a árvore possua uma aspecto geral de informalidade.
SHAKAN ¬ INCLINADO: O tronco da árvore se eleva em curvas.
O bonsai shakan tem o tronco inclinado e sempre reto, independente de ser grosso ou fino. A diferença entre este estilo Fukinagashi (varrido pelo vento) é o fato de os galhos crescerem nos dois lados da árvore.
a-Sho-shakan - Mínima inclinação
b-Chu-shakan - Inclinação média
c-Dai-shakan - Inclinação extrema FUKINAGASHI ¬ LEVADO PELO VENTO: A característica do bonsai fukinagashi é possuir todos os galhos "caídos" para um dos lados, como se fossem constantemente soprados pelo vento. A característica do bonsai fukkinagashi é possuir todos os galhos "caídos "para um lado, como se fossem soprados constantemente pelo vento.
SHIDARE-ZUKURI ¬ SALGUEIRO OU GALHOS CAIDOS: Árvore com todos os galhos, ou quase todos, em queda. Como um Salgueiro-chorão. Estilo apropriado somente para o salgueiro-chorão, a glicínia e umas poucas outras espécies que apresentam ramos pendentes.
HAN- KENGAI ¬ SEMI-CASCATA: A planta se inclina para fora do vaso. Estilo Queda parcial.
O Bonsai han-kengai é semelhanate ap Kengai. Tem um aspecto horizontal e geralmente uma parte da árvore se inclina para baixo porém, com uma inclinação menos acentuada que a do estilo Kengai. É plantado em vasos mais rasos que os utilizados para o Kengai.Estes são os estilos de bonsai que derivam dos estilos básicos. No caso de observarmos um bonsai com características de dois estilos, por exemplo, um bonzai de raízes expostos (neagari) geralmente é um Moyogi, o seu estilo não será Moyogi e Neagari, somente Neagari. Ou seja o bonsai irá assumir o estilo específico e não o básico no caso de possuir características de dois estilos.

KENGAI ¬ CASCATA: A planta se inclina mais fortemente para fora e para baixo. Estilo Queda total .
No estilo Kengai a maior parte da árvore cresce para baixo, atingindo um nível inferior ao da borda do vaso. A diferença entre este estilo e o estilo Han-Kengai (semi cascata) é que no bonsai Kengai a parte da árvore em queda realmente cai enquanto que no estilo Han-Kengai ocorre uma insinuação de queda, uma queda parcial. Para este estilo são utilizados vasos mais profundos que os comumente utilizados para os outros estilos de bonsai.Este estilo é baseado na situação que ocorre na natureza com as árvores que nascem nas encostas dos penhascos.
NETSURANARI ¬ ÁRVORES INTERLIGADAS: O bonsai netsuranari caracteriza-se por apresentar várias árvores que crescem de uma única raiz serpentiforme.
SOKAN ¬ TRONCO BIPARTIDO: Dois troncos com um único sistema de raízes

IKADABUKI ¬ MÚLTIPLOS TRONCOS: Vários troncos com um único sistema de raízes. KABUDACHI ¬ TRONCOS MÚLTIPLOS: Neste estilo vários troncos partem de um único tronco mais grosso.Os troncos devem aparececer a poucos centímetros da superfície pois,desta forma tronco-mãe será mais curto.O estilo da árvore da figura ao lado é chamado Sokan (tronco duplo).
Kabudachi.

Classificando pelo número de troncos da mesma árvore que é o Estilo Kabudachi, temos:
Tankan - 1 Tronco
Sokan - 2 Troncos
Sankan - 3 Troncos
Gokan - 5 Troncos
Nanakan - 7 Troncos
Kyukan - 9 Troncos


SEKIJOJU ¬ RAIZ SOBRE ROCHA: As raízes são aparentes como no neagari, mas nesse caso abraçam firmemente uma pedra ou pedaço de rocha antes de penetrar no solo.
ISHITSUKI ¬ ENRAIZADO EM ROCHA: Árvore plantada sobre uma rocha, com suas raízes expostas, criando um grande impacto visual.
Este estilo é semelhante ao anterior. A diferença é que neste estilo as raízes não vão de encontro ao solo como no estilo anterior.
NEAGARI ¬ RAÍZES VERTICAIS EXPOSTAS: Possui raízes aparentes, que brotam dos troncos e lhes emprestam uma aparência singular.
O Bonsai neagari possui raízes grossas aparentes , que sustentam o tronco acima do solo. Este estilo é característico do bonsai chinês, pois é muitas vezes utilizado pelos chineses.

KORABUKI ¬ TARTARUGA: Uma ou mais raízes se estendem aos arredores do tronco, formando uma superfície similar à de uma casca de tartaruga. Estilo raramente visto, o Korabuki nos dá a sensação de que o tronco da árvore se estendeu até o solo, querendo cobri-lo. O iniciante deverá procurar uma muda de árvore em um viveiro com essa característica ao invés de formá-la. SHARIMIKI ¬ MADEIRA-EXPOSTA: Não é difícil encontrarmos na natureza uma árvore com troncos inicialmente vivos, mas com uma terminação seca e morta, muitas vezes por ter sido atingido por um raio. São essas árvores que o estilo Sharimiki representa. Este estilo é obtido através da coleta de árvores na natureza (yamadori) ou artificialmente (Jin, Shari e Madeira - Arrastada). SABAMIKI ¬ ÁRVORE PARTIDA: Tronco rachado, de forma que saiam galhos e folhagens das duas partes, simulando a ação de um raio ou de outro acidente natural. Utilizado para dar a impressão de uma árvore que talvez tenha sido atingida por um raio, ou algum outro trauma sofrido há muito tempo. Jins & Shari's são geralmente vistos em coníferas.
Jin & Sharimiki são frequentemente utilizados quando criar um bonsai a partir de qualquer viveiro ou material recolhido. Normalmente, para mascarar um defeito, ou para reduzir uma árvore e dar-lhe um melhor tronco e altura. Idealmente madeira morta efeitos deverão procurar resistiu. Encrespar-se, ou esculpir a madeira, sempre que possível. NEJIKAN ¬ TRONCO RETORCIDO: O tronco da árvore deve percorrer um movimento axial. O nejikan é um belíssimo estilo e produz um efeito ainda mais interessante em espécies de tronco particularmente bonito.
BANKAN ¬ SERPENTINA: Este talvez seja o mais excêntrico de todos os estilos, pois o bonsai Bankan tem um tronco formando círculos e arcos consecutivos.
TAKOZUKURI ¬ ESTILO POLVO: A disposição e a forma dos galhos lembram um polvo com seus tentáculos. Um belo estilo, mas não é normalmente visto no Brasil.
Dotado de um charme particular, este estilo é um dos que mais chamam a atenção do público ou dos iniciantes nesta arte. A técnica utilizada para formá-lo não é simples a ponto de poder ser praticada por um iniciante. Muita experiência em jardinagem comum e razoável experiência com bonsai são recomendados.

SAIKEI ¬ PAISAGEM EM UMA BANDEJA: Neste estilo é criada uma paisagem miniatura formada por árvores que são pequenas mudas ou mame bonsai de árvores de folhas muito pequenas.
YOSE - UÊ ¬ FLORESTA: Neste estilo representa uma floresta que deve Ter mais de nove árvores na mesma bandeija. Quando o número de árvores é abaixo deste, o estilo não considerado Floresta, é considerado árvores em grupo.

YAMAMORI ¬ ÁRVORES EM GRUPO: Esta é a forma pela qual podemos limitar o comprimento do tronco e dos galhos , regulamos o número de galhos e folhas, e podemos também diminuir o tamanho das folhas.
2 árvores : Soju
3 árvores: Sambon - Yose
5 árvores: Gohon - Yose
7 árvores: Nanahon - Yose
9 árvores: Kyuhon - Yose

*Os estilos são inspirados nas formas que as árvores criam na natureza, aperfeiçoadas ao detalhe através da técnica Bonsai. Embora existam muitos mais, e de cada um várias derivações.
Muitas vezes em uma única árvore reúnem-se mais do que um estilo, bem como nem todos os Bonsai têm de se enquadrar num destes estilos, mesmo na natureza existem árvores com formas que não se enquadram em nenhum estilo.Assim sendo, se o nosso Bonsai não tiver forma de “Bonsai” clássico (estilo clássico), poderá sempre ser uma perfeita árvore em miniatura.

sábado, 1 de agosto de 2009

* DICA: Como dar forma ao Bonsai?

Como dar forma a um Bonsai?
Há três técnicas principais para melhorar a forma dos Bonsai:
A) A poda
B) A alambragem
C) As pinçagens

A) A PODA - Podar é dirigir a formação de uma Árvore.
Com a poda, eliminamos os ramos defeituosos (os que se cruzam) ou os desnecessários (os que saem na zona não desejada do tronco). A melhor época para podar é geralmente no fim do Inverno, quando as árvores estão em repouso e não sai tanta seiva pelas feridas da poda. Para podar devemos utilizar ferramentas adequadas de corte côncavo, que fazem uns cortes limpos e de fácil cicatrizarão. Quando as feridas da poda são de grande tamanho, é conveniente cobri-las com pasta de selagem para garantir a sua perfeita cicatrização.

B) A ALAMBRAGEM - Utilizamos a alambragem para corrigir a inclinação dos ramos.
A alambragem permite-nos utilizar ramos que de outra maneira teríamos que podar. De certa maneira, o arame substitui a força do peso dos ramos nas árvores grandes da natureza. Enrolamos arame nos ramos e no tronco sem apertar demais para que o arame não fique marcado na casca da árvore. Idealmente tem de ficar um espaço entre o arame e o ramo por onde possa passar uma folha de papel. Como os ramos engrossam, devido ao seu crescimento, devemos tirar o arame antes que se "crave" na casca. A arame que se utiliza atualmente é o arame de alumínio anodizado, de cor de cobre velho. Trata-se de um arame extraordinariamente flexível e resistente. A grossura do arame depende da força que tem de exercer para fazer vergar os ramos. De uma maneira geral, os arames grossos vão de 5 mm. ate aos 0'5 mm. A regra de ouro da alambragem consiste em não deixar nenhuma marca na casca.

C) A PINÇAGEM - Chamamos pinçagem ao corte dos ramos finos dos Bonsai.
Ao contrário da poda, a pinçagem efetua-se também durante a época de crescimento das árvores. Com a pinçagem conseguimos aumentar a densidade da folhagem dos Bonsai e diminuir o tamanho das suas folhas. Como as árvores têm diferentes maneiras de crescimento, não devemos pinçar todas as árvores da mesma maneira. Como pinçar as árvores de folhagem perene larga: Árvores que não perdem as folhas no Outono como Ficus, Oliveira, Sageretia, Serìssa, Carmona, Larajeira, Buxo, etc. Como pinçar as árvores de folhagem caduca de um só crescimento anual: Árvores que perdem as folhas no Outono, e que têm uma só brotadura forte na Primavera, como Acer palmatum, Faias, etc. Como pinçar as árvores de folhagem caduca com crescimento ativo durante todo o período vegetativo; Árvores que perdem as folhas no Outono, mas que não param de crescer desde a Primavera até ao fim do Verão, como Ulmeiros, Figueiras, Romãzeiras, Macieiras, Pyracantha, Cotoneaster, Ligustrum, etc. Como pinçar as coníferas de folhas escamosas; Juníperos como as Sabinas ou Zimbros. Como pinçar os pinheiros: Pinus pentaphylia, etc.